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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Todas as criaturas não são capazes de sobreviver ao menos que confiem e obedeçam. Alguém que é melhor do que eles, para escapar dessa pressão aqueles que são melhores que os
outros procuram por seus superiores, aqueles que são superiores procuram por indivíduos fortes a quem eles possam confiar. Deste modo, o rei de tudo nasceu.
A admiração é o sentimento mais longe da razão.
Certa vez uma estrela se gabava porque todos na terra a admiravam. Está estrela ficava se gabando porque de todas as outras ela era a única que apontavam e faziam pedidos.
Certa vez um grupo de homens  foi até o espaço,e ela se enfeito toda para quando chegarem. Quando chegaram lá eles ficaram pasmos com ela mais não a observaram como sempre.
Os homens ficaram a estudando como se ela fosse uma cobaia que só existisse para satisfazer seus conhecimentos,e que não fosse nada,fosse apenas poeira cósmica.
De longe, estrelas perfeitas, de perto, estrelas tortas... Então por que elas nos enganam com sua beleza?

domingo, 5 de dezembro de 2010

Noite de Verão



Em uma noite quieta com apenas seis estrelas no céu, ele voltava para casa, como sempre o brilho das estrelas eram momentâneas, pois as nuvens iriam cobrí-las, mas apenas o brilho da Lua se destacava profundamente.Chegando em casa ele grita :
- Mãe, Mamãe, cheguei ! – como ela não respondeu ele pergunta - A senhora está em casa?
Sem nem uma resposta apenas com o silêncio ele respirava e caminhava em direção a cozinha o relógio fazia seu barulho chato como sempre "tic trec, ti trec, tic trec ...’’. Sim, ele estava meio velho.
E então ele sobe para seu quarto, tira a camisa suspirando, quando acabou desmoronando na cama e adormecendo
.

Em só mais uma noite de verão.


Ainda é de dia, mas a lua já surgiu no céu.Os prédios tentam suprimir seu brilho e sua grandeza a cobrindo.Mas a pinta branca incandescente no meio do céu azulado dança entre eles.As folhas que já abandonaram suas árvores e encontraram o chão estão tentando usar o vento para chegar ao encontro da lua...Em só mais uma noite de verão.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Espelhos...


Mandala de M.C. Escher



Meus olhos estão fechados, mas se estou conseguindo pensar claramente, então devo estar acordada. Ou estou sonhando?
Pois bem, irei abrir meus olhos. Minhas pálpebras estão muito pesadas, mas consegui abri-los.
Ainda estava escuro, mas havia uma luz que vinha lá de fora. Então estava numa cabana. Me levantei com cuidado porque meu corpo estava pesado e dormente. Caminhei em direção à luz.

Quando saí da cabana o dia estava nublado. Olhei ao redor e só havia mais cabanas. Saí correndo para nenhum lugar quando começou a chover. As gotas de chuva não me molhavam, não deixavam minhas roupas molhadas, mas deixava minha saia mais leve para andar. Mas algo em mim ficava tocado pela chuva.
Parei de correr do nada e olhei fundo para uma cabana. Era a mais escura de todas, mas de tudo ali era a única que tinha uma cor a mais: uma melancia estragada na porta! Aquilo chamou minha atenção e por isso entrei.
Quando dei o primeiro passo para dentro da cabana, uma brisa forte bate em meu corpo como se tivesse feito eu mudar de local sem tirar os pês do chão. Saí correndo para o fim da cabana, mas o chão do fim da cabana era inclinado. Caí derrapando até meter a cara num espelho. Aquele espelho era o mais brilhante que já vi. Naquele lugar a luz que saía dele era linda, uma luz azul.

Me levantei. Reparei que estava numa sala de espelhos. No teto havia um balão gigante. Numa pequena dança que fazia com os meus reflexos quando numa brisa todos os espelhos racharam em milhares de pedaços. Me debrucei com o coração angustiado e comecei a chorar por muito tempo quando o balão do teto estourou em vários outros balões que, com a luz do espelho brilhante e a rachadura dos outros espelhos, fizeram os balões se tornarem como se fosse outro mundo, como se eu estivesse dentro de um caleidoscópio.
Mas apenas o espelho brilhante que já estava quase se apagando fez um brilho vermelho. Tudo ali ficou vermelho, um vermelho profundo. Quando me deparei com uma mulher linda com roupas chamativas. E ameaçadora de tanto que a roupa dela era colorida e chamativa.
_ Baiana, cigana, gueixa, capoeirista – sussurrei.

Quando vi que ela era apenas o meu reflexo. Vi que eu vestia aquela roupa. Aquele vestido chamativo e colorido era meu.
Continuei dançando quando tudo se apagou. Meu vestido desbotou, caindo no chão a cor vermelha que havia nele... eu... eu estava sangrando? - me perguntei.
No mesmo instante que o sangue sumiu, meu vestido se tornara azul, da mesma cor do brilho do espelho, e pequenos vaga-lumes saíram dele, me levando para a escada de flores lindas.
_ Sol – murmurei bem baixinho. Subi a escada correndo quando me dou de cara com uma plantação de morangos, e no fundo havia uma macieira, que corri dançando até ela.
Quando deparei com um anel vermelho em meu dedo. Quando cheguei à macieira vi que havia uma mala. Abri e tinha três pelúcias: um coelho, o Fófis, que tinha um pandeiro; o leão, o Luca, que tinha uma guitarra, e a tartaruga, Roan, que tinha uma maraca. Lembrei que brincava com elas quando tinha dez anos, que eles eram os três músicos. Sorri.

Me deitei na macieira com os meus bichinhos, olhando o céu e a brisa no meu rosto.
Não, meus olhos, meus olhos estão fechando. Não quero ir embora – fiquei repetindo isso várias vezes quando dormi,.
_ Juliana Raquel, você só tem mais quinze minutos, senão vou subir aí com o chinelo!
_ Eu tô indo, mãe.
Acordei no meu quarto com uma chave na minha mão.
_ Que chave é essa? - me perguntei, quando um vaga-lume sai da minha camisola e sorri com um aspecto de felicidade. Sussurrei:
_ Já entendi de onde é a chave. Tenho de devolver outra noite.

O balão de coração borrado


O Balão de Coração Borrado                      

No crepúsculo da última noite de carnaval.
Quando tudo havia acabado não havia nem sequer uma pessoa na rua, apenas os lixos deixados, e o vento procurando algo para fazer companhia a ele.
Nessa noite lá estava um homem, não um homem comum, mas sim um artista - mas não um artista qualquer, era um artista de Petrópolis chamado Pedro e tinha 55 anos - conhecido por suas artes comuns e que, por serem comuns, não vendiam muito.
Nessa noite Pedro estava fazendo mais um quadro, sobre o carnaval, mas cansado já havia trabalhado muito nesse quadro, ele foi buscar um chocolate quente.
Nesse meio tempo, uma gota de água caiu na pintura, que era magnífica, colorida, mas era uma pintura comum, essa gota de água caiu e desbotou a pintura.
Pedro volta e se depara com seu trabalho “arruinado” e começa a se lamentar.
Enquanto Pedro lamenta o quadro, vamos dizer que ele fala.

QUADRO - O velhote está se lamentando por quê? Eu estou aqui, magnífico!
PEDRO - Magnífico como? você virou um borrão... Péra, você fala?
QUADRO - Isso não vem ao caso, vamos falar sobre o seu talento.
PEDRO - O que tem ele?
QUADRO - O que tem é que ele é uma merda só!
PEDRO - Você foi criado por mim e ainda diz isso? Buaaaaaaaaaaaa!
QUADRO - É verdade, fui criado por você e por isso que só não te bato, por que só sei falar, não tenho pernas pra andar e braços pra socar sua cara lamentável.
PEDRO - Então vamos.
QUADRO - Vamos aonde?
PEDRO - Para o lixo.
QUADRO - Como, para o lixo?
PEDRO - Você está arruinado!
QUADRO - Quem está arruinado são seus olhos de velho, as artes que você faz são comuns, não dá uma dúvida para as pessoas, elas não se questionam. É por isso que suas obras estão falidas, você não dá um tempero, uma coisa surreal para questioná-las. Você dá a prova com as respostas a elas.

Pedro com a cara de quem está levando uma moral da própria obra admite a verdade.

PEDRO - Mas o que eu posso fazer? Você está borrado.
QUADRO – Não. As cores se misturaram e viraram algo novo. Só basta você querer.
Às vezes posso ser um furioso leão e às vezes posso me tornar um belo e meigo passarinho. Às vezes posso ser uma linda flor e às vezes só espinho. Posso alimentar o mundo de sonhos, esperanças e fantasia. Todo o mundo me procurara mais ninguém me achará. Respeitarei as lágrimas mas também as risadas ao me olhararem. Olhe bem pra mim. O que me pareço?

Pedro se vira lentamente. Parece estar emocionado e se deita em sua cama.

QUADRO – Ei! Aonde você vai? O que você irá fazer comigo?

Pedro se deita e apaga a vela. Fica sozinho na escuridão. Só a claridade da lua é suficiente para iluminar o quarto onde ele estava. Pedro parecia emocionado e haver captado o recado de sua obra. Que arte não é matemática. Que só há uma resposta. Arte: a soma de varias respostas.

Boa noite, Pedro diz ao Quadro.
Na manhã seguinte, Pedro se levanta e vê que tudo aquilo foi apenas um sonho, mas ele vai até a tela em branco e percebe que aquele sonho foi um aviso.
Pedro desenha um balão vermelho de carnaval. Mas o vermelho era tão intenso que chegava a ser escarlate. Quando o quadro estava quase pronto, Pedro joga um copinho de café cheio de água e o balão vermelho de carnaval vira um imenso borrão.
Pedro ri e sai para entregar o quadro à galeria. Passa um semestre e o nome dele sai como o mais novo famoso artista de arte abstrata do Brasil.
Com sua primeira obra o quadro...
Se você deseja saber o nome do quadro, leia as palavras em destaque que há no começo do texto.

Linhas - Por Mim e Mayara



O que são linhas?
Linhas são retas,
Linhas são tortas,
Linhas espirais
São uma mania para meninas
que tem suas linhas
de raciocínio embaraçadas.
Linhas curvas rechonchudas,
é o que passa na cabeça dos meninos
de hoje em dia.
Linhas do horizonte
É um refúgio para mentes ambulantes.
Linhas coloridas
É uma calça para modinha.
Linhas sem rumo
são obras para Klee.
É em cima de linhas
que escrevo pra você.

Sonho...


O garoto, exausto de sua vida cotidiana
Querendo viajar pelo mundo
Conhecer lugares novos
pessoas, refeições, estilos de vida, culturas e tudo mais.
Ele se senta debaixo de uma árvore
Olhando para o céu, ele dá uma piscada
Dando mais uma piscada, ele vai para casa do amigo
Dando mais duas piscadas, ele vai para a Itália
Mais três piscadas, ele vai à China
Mais quatro piscadas, ele vai à Europa
Mais cinco piscadas, ele vai à Austrália
Mais seis piscadas, ele vai à Grécia Antiga
Mais sete piscadas, ele vai para Lua
Dando mais oito piscadas, ele vai para casa de um
Homem batata de chapéu caipira
O garoto estremece a cabeça e se levanta e
diz indo para casa
_ Já fui para vários lugares por hoje. Deixarei
mais um pouco para amanhã.